Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Bem Vindo à Agência da Saúde - 28 de Março de 2024 - 08:11

Bem-estar

Mãe Perfeita: você se acha uma mãe perfeita?

Psicologia | 00/00/0000 00h 00min

Nos dias atuais a busca da perfeição é quase que inevitável. E será que ser uma mãe perfeita é o melhor para nosso filho? O bebê nasce prematuro, não só por não ter capacidade de sobreviver sem que haja alguém que cuide dele, mas também por depender do outro para se constituir como um sujeito. Cada criança entra no mundo através de um casal, sendo as funções de mãe e pai representadas por sujeitos e cada criança terá sua história particular junto a eles.
 
Quando a relação mãe/criança é concebida de forma dual, como se mãe e filho estivessem fechados numa esfera, a função do pai não será suficiente. A criança não deve ser tudo para o sujeito materno, é preciso que a mãe deseje outras coisas e olhe para outras coisas para não sufocar a criança. Quanto mais a criança preenche a mãe mais ela a angustia, pois não dá espaço para que a criança saia deste desejo de ser o eterno bebezinho da mamãe!!! 
 
Cuidado se você costuma dizer: “o meu filho é tudo pra mim”. O certo é que os filhos são as coisas mais importantes, mas nunca tudo!!!
 
A mãe que sabe tudo, aquela toda poderosa, não deixa espaço para a falta que despertará o desejo da pequena criança em se constituir como um sujeito. De fato, a mãe só é suficientemente boa se não o é em demasia. É nessas faltas da mãe que abrirá espaço para que o sujeito criança preencha com seu próprio desejo.
 
A criança não somente preenche como também deve dividir esta mãe em mãe/mulher. A mãe precisa dirigir o seu desejo de mulher a um homem e ser atraído por ele, portanto isso exige que o pai seja também um homem que deseje esta mãe enquanto mulher.
 
É necessário mais que um pai e uma mãe na constituição de uma criança como sujeito. É preciso um homem e uma mulher, ambos desejantes, em comum acordo na criação dos filhos. Cada um deve dar o melhor de si para os filhos, mas com a certeza de que o perfeito não existe com isto a culpa pode estar presente em vários momentos da criação dos filhos, pois todo pai e toda mãe podem sentir que falharam, mas sempre na tentativa de acertar!!! Assim, educamos os filhos com muito amor, carinho e atenção ensinando-os a dar o máximo de si para realizarem os seus sonhos e serem independentes e continuamos nesta eterna busca da perfeição, mas com a certeza de que tropeçaremos pelo caminho e nossos filhos aprenderão como superá-los a seu modo.
 
 
Thatiane Perez Campiolo de Figueiredo
CRP 18/01038
Psicóloga Clínica com especialização em psicanálise com crianças, intervenção precoce, na instituição de ensino Hospital São Zacharias - Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro-RJ.

Fonte:   -Maria da Paz Sabino

Veja também

Guia da Saúde

Encontre um profisional de saúde pela especialidade, nome ou cidade.