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Saúde

Dr. Douglas Yanai fala sobre sinais e sintomas da Toxoplasmose Ocular

Toxoplasmose | 06/10/2017 15h 42min

Dr. Douglas Yanai Oftalmologista CRM 4363 Oftalmologia Cl?nica e Cir?rgica, Retina e V?treo

 

Quando discutimos toxoplasmose ocular, muitas dúvidas ainda surgem, principalmente porque algumas informações e conceitos mudaram ao longo dos anos. E isso mesmo sendo a toxoplasmose a infecção intra-ocular (que ocorre dentro do olho)  mais frequente no mundo, uma das infecções  com maior potencial para prejudicar a visão!!!

A toxoplasmose é causada por um protozoário (Toxoplasma gondii) e, muitas vezes, foi chamada de doença do gato. Entretanto, o gato é apenas uma das formas de transmissão. De uma forma geral a toxoplasmose é adquirida via oral, ou seja, pela boca.  E este protozoário se encontra principalmente nas fezes de animais como gatos, cachorros, animais de abate (porcos, carneiros, gado, etc) e todos os alimentos que possam ser contaminados por estas fezes. 
 
Assim, se comemos verduras que foram contaminadas por adubo natural (esterco de animais doentes), se acariciamos um gato ou cachorro com resíduos de fezes nos pelos e esquecemos de lavar as mãos antes de comer, podemos ingerir o toxoplasma e então, adquirir a doença. Também podemos adquiri-la através da ingestão de carne contaminada e, mais recentemente, tem sido aceitas pesquisas demonstrando o potencial de transmissão através de carnes de aves.
 
Quais os sinais e sintomas oculares mais comuns?  Embaçamento visual, olho vermelho, dor ocular, sensibilidade a luz e lacrimejamento, não sendo necessário que todos estes sintomas estejam presentes.  Além disso, sintomas gerais podem ocorrer se houver infecção sistêmica concomitante: febre, mal estar, linfonodomegalia (gânglios ou “ínguas” pelo corpo), aumento do baço e do fígado.
 
Algumas pessoas já nascem com esta doença? Sim, alguns bebês podem nascer com a forma congênita, ou seja, transmitida durante a gravidez. Posso ter tido esta doença e não saber? Sim, ela pode ter se manifestado apenas de forma sistêmica leve sendo confundida com um resfriado ou “virose” passageira. Se uma pessoa tiver adquirido a toxoplasmose ocular quando criança, muitas vezes ela não se queixará, e poderá descobrir que teve a infecção sistêmica ou ocular muitos anos depois. Neste caso é muitas vezes impossível determinar o momento exato da infecção.
 
Uma pessoa que já teve toxoplasmose sistêmica há vários anos pode desenvolver toxoplasmose ocular? Sim, pode ocorrer uma reinfecção com acometimento ocular ou pode ocorrer uma recidiva de lesão anterior (neste caso o paciente nem sempre sabe que já tem uma cicatriz de toxoplasmose ocular). Alguns pesquisadores apresentaram evidências da possibilidade de termos reservatórios de toxoplasma em músculos do corpo que permitiriam uma reinfecção ocular mais tardia. 
 
Como tratar esta infecção ocular? O oftalmologista é o profissional indicado para o diagnóstico e tratamento desta infecção. As doses de antibióticos para a toxoplasmose ocular em geral são elevadas e utilizadas por várias semanas. Em lesões resistentes ao tratamento pode-se utilizar laser durante a fase aguda da infecção. Aplicações de antibióticos intra-oculares têm se provado uma medida eficaz de tratamento, em especial nos casos que não respondem às outras modalidades e no caso de alergia a um dos antibióticos de uso sistêmico. 
 
E o que fazer para prevenir a toxoplasmose?
 
  • Lavar sempre as mãos antes de  se alimentar;
  • Preferir carnes preparadas bem passadas;
  • Preferir legumes cozidos;
  • Deixar verduras de molho em soluções com “descontaminantes”, como o hipoclorito diluído, antes de servi-las. E sempre, em caso de dúvida, consultar um profissional habilitado. A doença tratada precocemente sempre apresenta possibilidade de melhor resultado terapêutico.
 
Dr. Douglas Yanai
Oftalmologista
CRM 4363
Oftalmologia Clínica e Cirúrgica, Retina e Vítreo

Formação:
Dr. Douglas Yanai formou-se médico na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Fez especialização em Oftalmologia e Fellow em Segmento Anterior e posteriormente em Retina e Vítreo no Hospital de Olhos do Paraná. Nos anos de 2002 e 2003 realizou Retina and Vitreous Fellowship no Doheny Eye Institute - USC (University of Southern California) sob orientação do Dr. Mark S. Humayun e do cientista e PhD James D. Weiland, retornando para Sinop (Brasil) em 2004. Realizou diversas pesquisas e publicou trabalhos científicos em renomadas revistas internacionais, bem como apresentou-os em congressos no Brasil e no exterior. Membro da American Academy of Ophthalmology e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, atualmente é  Oftalmologista e Diretor Técnico do Hospital e Maternidade Dois Pinheiros, e também Professor no curso de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) - Campus Sinop.

Fonte:  

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