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Saúde

Drª Linameli Pazin Anschau: "saúde ocular infantil reflete na sala de aula"

Saúde | 13/03/2017 11h 42min

Dra. Linameli Pazin Anschau Oftalmologista CRM 5140 MT

“A educação é a base da sociedade”. Para se tornar concreta a afirmação, propalada já diversas vezes por governantes, intelectuais e formadores de opinião, passa também por uma bem sucedida atuação oftalmológica. Sabe por quê? Porque distúrbios oculares não identificados e tratados em crianças da educação básica podem acarretar uma série de prejuízos. Entre eles: queda de rendimento e dificuldade no aprendizado do aluno, piora na socialização, no desenvolvimento psicomotor e na qualidade de vida, além de aumento dos índices de repetência e até evasão escolar.
 
Segundo estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), 25% dos escolares do ensino fundamental podem apresentar alguma perturbação oftalmológica, ao passo que 10% dessa faixa etária estudantil pode necessitar de óculos. 
 
Os erros de refração (miopia, astigmatismo e hipermetropia) não corrigidos são a principal causa da deficiência visual em crianças escolares, não só no Brasil como no resto do mundo. As falhas refrativas não solucionadas antecipadamente podem desencadear ambliopia, ou o chamado “olho preguiçoso”, que é a maior causa de cegueira monocular infantil e atinge 4% das crianças brasileiras (e não é visível a olho nu).
 
Outros distúrbios comuns nos educandos, associados a 1% e 2% das ocorrências de baixa da visão, são cataratas, estrabismo (olho vesgo), glaucoma congênito, toxoplasmose ocular, retinopatia e outras alterações com risco de cegueira. Na infância, o exame oftalmológico é essencial porque o olho está em desenvolvimento até os 7 anos. A maioria dos problemas oculares de erros de refração está em crianças de 10 a 15 anos, por isso é importante que sejam examinados todo ano.
 
São muitos os agentes envolvidos para tornarem bem sucedidos o atendimento e recuperação visual. A solução do problema deve ser compartilhada. Os pais passam mais tempo com as crianças e podem perceber certos sintomas e sinais nos filhos, como vermelhidão, estrabismo ou dores de cabeça. O pediatra, que acompanha a saúde geral da criança, pode detectar algum eventual distúrbio ocular. O professor em geral também precisa ficar atento como o aluno enxerga e seu desempenho nas tarefas. E no geral, são necessários até o engajamento e participação da comunidade para a identificação de algum problema e divulgação das campanhas de prevenção e tratamento que possam ser realizadas.
 
Quando a criança é encaminhada ao oftalmologista cabe a ele realizar o exame especializado, identificar o erro refrativo ou outra anormalidade e prescrever o tratamento adequado. Quando o problema é apenas refracional, este se corrige com o uso de óculos, o que é uma intervenção relativamente barata comparado ao grande benefício que trará à criança, melhorando sua visão e sua qualidade de vida. Nas outras causas de perda da visão na infância o tratamento é mais complexo e ficará para uma próxima abordagem.
 
Fica a dica, cuidar da saúde ocular da criança é fundamental, consulte sempre um médico oftalmologista, seu filho agradecerá no futuro!
 
Dra. Linameli Pazin Anschau 
Oftalmologista
CRM 5140 MT

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