Manchas na pele que não doem merecem atenção urgente

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A hanseníase, no passado também conhecida como lepra, morfeia ou mal-de-Lázaro, é uma doença infectocontagiosa causada por uma microbactéria. Conhecida desde os primórdios da humanidade, a enfermidade é considerada o problema de saúde mais antigo de que se tem notícia, havendo relato de casos que datam de 1350 antes do nascimento de Cristo. Brutalmente estigmatizada durante a maior parte da história, a hanseníase, atualmente, possui tratamento, que conduz à cura na quase totalidade dos casos.

O contágio do micro-organismo que causa a hanseníase é difícil se comparado a outras infecções bacterianas, visto que requer um contato íntimo e prolongado com secreções corporais, em especial o escarro. Além disso, em torno de 90% da população é naturalmente resistente à bactéria, e não desenvolverá a doença mesmo que permanentemente em contato com hansenianos. Deste modo, não há motivos para a exclusão dos enfermos da vida social, como se fazia no passado, por motivos basicamente discriminatórios.

A condição é de progressão lenta, e os primeiros sintomas costumam aparecer em torno de cinco anos após o contágio. O sinal mais característico da hanseníase é uma ou várias manchas brancas ou avermelhadas pelo corpo, que não doem quando lesionadas, em virtude do dano aos nervos ocasionado pela doença. A região também perde a sensibilidade ao frio e ao calor, e a sensação de dormência vai se alastrando pelo membro afetado conforme a enfermidade progride. Em estágios avançados, a hanseníase pode causar deformidades nos membros, sendo, por vezes, necessário sua amputação.

O tratamento da hanseníase é relativamente rápido e eficaz, havendo gratuita dos medicamentos necessários em postos de saúde. O diagnóstico é igualmente fácil, e ocorre pela análise clínica dos sintomas, embora testes comprobatórios possam ser eventualmente requeridos. 

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