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Bem Vindo à Agência da Saúde - 29 de Março de 2024 - 04:34

Saúde

Ronco e Apneia do Sono: Saiba como tratar

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O ronco, distúrbio que afeta 30% da população adulta, é o ruído causado pela vibração do ar durante sua passagem através de estruturas das vias aéreas superiores como a nasofaringe, orofaringe, palato, úvula, amígdalas, adenóide etc. Ao dormir ocorre uma redução do tônus muscular da faringe estreitando essa região e assim obstruir parcialmente o fluxo do ar, provocando a vibração das partes moles da garganta gerando assim o ruído (ronco).

A palavra apneia significa "parada da respiração" e é o distúrbio no qual o indivíduo sofre breves e repetidas interrupções da respiração (apneias) enquanto dorme. As apneias são causadas por obstruções transitórias da passagem do ar pela garganta de pelo menos 10 segundos de duração. Quando ocorrem apneias com frequência maior que 5x/hora no sono dizemos que o indivíduo é portador de apneia do sono, sendo que sua prevalência é maior em pessoas do sexo masculino, obesos e maiores de 35 anos.

Curiosamente, apesar de possuir alta prevalência na população, apenas recentemente a medicina reconheceu, através de estudos científicos, os riscos trazidos por esta doença e a importância do seu diagnóstico. Deste modo, sabe-se que cerca de 90% dos indivíduos que possuem apneia do sono ainda não possuem o diagnóstico ou sequer foram alertados pelo seu médico para a possibilidade de sofrerem desta doença.

O que provoca o ronco e a apneia do sono?

  • Aumento do peso: este é o mais comum fator de risco nos adultos.
  • O aumento do tecido adiposo no pescoço reduz o calibre da via aérea predispondo a obstrução durante o sono.
  • Idade: com o envelhecimento ocorre diminuição progressiva do tônus e elasticidade dos tecidos da garganta           favorecendo a obstrução das vias aéreas.
  • Amígdalas e adenóides grandes, menos comum nos adultos, são causas frequentes de apneia do sono nas crianças.

 

Quais as consequências da apneia do sono?

Cada vez que ocorre uma apneia ocorre uma diminuição rápida da oxigenação sanguínea. A fim de evitar a morte por asfixia, o organismo envia um “sinal” ao cérebro despertando-o por tempo suficiente para conseguir desobstruir a garganta. Ou seja, ocorre um micro despertar que o indivíduo não percebe e nem lembra no dia seguinte. Esse fenômeno pode repetir-se até 1000 vezes em cada noite de sono nos casos mais graves.

Após cada micro despertar ocorre também uma descarga aguda de hormônios do estresse como adrenalina e outros que, aliada a queda da oxigenação sanguínea, pode desencadear arritmias cardíacas, infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVC) durante o sono.

Além disso, a apneia do sono não tratada, a longo prazo, ocasiona ou agrava várias doenças como aterosclerose, diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, AVC ou "derrames", entre outras. Devido ao grande número de microdespertares pelas apneias repetidas, o sono torna-se fragmentado ocorrendo diminuição do sono profundo e do sono REM nos indivíduos com apneia do sono.

Como diagnosticar o ronco e a apneia do sono?

O primeiro passo é realizar uma avaliação com um cirurgião dentista ou um médico especialista. O profissional realizará o diagnóstico do ronco e apneia do sono, bem como a medida da gravidade do distúrbio, através de um exame chamado polissonografia. Além deste, será feito um exame clínico para avaliar peso, idade, diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e outros.

A polissonografia é realizada à noite em uma clínica de sono, onde o paciente deve dormir com sensores fixados no corpo que permitem o registro da passagem do ar pelo nariz/boca, oxigenação sanguínea, frequência cardíaca, movimentos do tórax, posição do corpo na cama, além de outros dados. Os sensores são fixados de maneira a permitir ao paciente movimentar-se durante o exame, não atrapalhando assim o sono.

Enquanto o ronco é facilmente notado por todos, as apneias, hipopneias (até mais comuns que as apneias), RERAs (Related Effort Respiratory Arousal), a queda da oxigenação e outros pontos são impossíveis de serem visualizadas e quantificadas adequadamente, durante toda uma noite, sem a realização de uma polissonografia. Até 30% das pessoas que roncam apresentam apneia do sono e até 70% das pessoas que recebem este diagnóstico não acreditavam ser portadores deste distúrbio até a realização de uma polissonografia.  

 

 

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