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Saúde

Síndrome do Ovário Policístico

Saúde da Mulher | 14/03/2019 14h 57min

A Síndrome do Ovário Policístico, também conhecida pela sigla SOP, é um distúrbio endócrino que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho. É uma doença caracterizada pela menstruação irregular, alta produção do hormônio masculino (testosterona) e presença de micro cistos nos ovários.

Sua causa ainda não é totalmente esclarecida. A hipótese é que ela tenha uma origem genética e estudos indicam uma possível ligação entre a doença e a resistência à ação da insulina no organismo, gerando um aumento do hormônio na corrente sanguínea que provocaria o desequilíbrio hormonal. Segundo o Serviço de Endocrinologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, a Síndrome do Ovário Policístico atinge cerca de 7% das mulheres na idade reprodutiva.

 

SINTOMAS

  • A falta crônica de ovulação ou a deficiência dela é o principal sinal da síndrome.
  • Em conjunto, outros sintomas podem ajudar a detectar essa doença, como:
  • Atrasos na menstruação (desde a primeira ocorrência do fluxo);
  • Aumento de pelos no rosto, seios e abdômen;
  • Obesidade;
  • Acne.

Em casos mais graves, pode predispor o desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares, infertilidade e câncer do endométrio.

 

DIAGNÓSTICO

Para realizar o diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos são necessários o exame clínico, o ultrassom ginecológico e exames laboratoriais.

Através do ultrassom, a doença é percebida pelo aparecimento de muitos folículos ao mesmo tempo na superfície de cada ovário. Esse ultrassom deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia do ciclo menstrual. Não sendo a mulher virgem, deve-se dar preferência à técnica de ultrassom transvaginal.

É importante definir que esses resultados não se aplicam a mulheres que estejam tomando pílula anticoncepcional. Se houver um folículo dominante ou um corpo lúteo, é importante repetir o ultrassom em outro ciclo menstrual para realizar o diagnóstico corretamente.

Mulheres que apresentam apenas sinais de ovários policísticos ao ultrassom sem desordens de ovulação ou hiperandrogenismo não devem ser consideradas como portadoras da síndrome dos ovários policísticos.

 

TRATAMENTOS E CUIDADOS

O tratamento da síndrome dos ovários policísticos depende dos sintomas que a mulher apresenta e do que ela pretende. Cabe ao médico e à paciente a avaliação do melhor tratamento, mas para isso é fundamental questionar se a paciente pretende engravidar ou não.

 

Os principais tratamentos são:

Anticoncepcionais orais - Não havendo desejo de engravidar, grande parte das mulheres se beneficia com tratamento à base de anticoncepcionais orais. A pílula melhora os sintomas de aumento de pelos, aparecimento de espinhas, irregularidade menstrual e cólicas. Não há uma pílula específica para o controle dos sintomas. Existem pílulas que têm um efeito melhor sobre a acne, espinhas e pele oleosa. Mulheres que não podem tomar a pílula se beneficiam de tratamentos à base de progesterona.

  • Cirurgia - Cada vez mais os métodos cirúrgicos para essa síndrome têm sido abandonados em função da 
    eficiência do tratamento com anticoncepcionais orais.
  • Antidiabetogênicos orais - Estando a síndrome dos ovários policísticos associada
    à resistência insulínica, um dos tratamentos disponíveis é por meio de medicamentos para diabetes.
  • Dieta e atividade física – Essas pacientes devem ser orientadas em relação à dieta e 
    atividade física, simultaneamente com as medidas terapêuticas.
  • Indução da ovulação - Se a paciente pretende engravidar, o médico lhe 
    recomendará tratamento de indução da ovulação, não sem antes afastar as outras 
    possibilidades de causas de infertilidade. Não se deve fazer esse tratamento
    em mulheres que não estejam realmente tentando engravidar.

 

Referencias:
SOGESP; Ovários Policísticos: o que causa, sintomas, prevenção e tratamentos.

Disponível em: http://www.sogesp.com.br/canal-saude-mulher/guia-de-saude-e-bem-estar/ovarios-policisticos-o-que-e-causas-e-sintomas-prevencao-e-tratamentos.

Manual de orientação em ginecologia endócrina. Federação brasileira das associações de ginecologia e obstetrícia. 2010;6:76-96.

Fonte:  

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