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Bem Vindo à Agência da Saúde - 20 de Abril de 2024 - 07:25

Saúde

Você sabe quando o corrimento vaginal indica um problema?

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Embora qualquer líquido que saia da vagina seja popularmente chamado de corrimento vaginal, tal denominação é usada nos consultórios apenas quando uma secreção indica anormalidade. "Isso quer dizer que, mesmo causando desconforto em algumas mulheres, a eliminação de muco é um processo natural do corpo, resultado da descamação de células de pele da vagina e do colo do útero", explica a ginecologista e obstetra Bárbara Murayama, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Vale dizer, entretanto, que alguns sinais podem indicar problemas mais sérios e que cuidados diários com a higiene íntima podem agravar ou amenizar o quadro. 
 
Toda mulher apresenta conteúdo vaginal. A diferença entre o conteúdo normal e o corrimento está na alteração do volume, da cor e do odor, além dos sintomas que causam. O conteúdo vaginal normal tem odor inespecífico e varia de mulher para mulher. O volume normal varia de pessoa para pessoa e de acordo com as fases do ciclo menstrual e as fases da vida da mulher. Na segunda metade do ciclo, o volume aumenta, podendo às vezes sujar as vestes íntimas. Na juventude, antes da primeira menstruação, e após a menopausa, o conteúdo é quase nulo por conta dos baixos níveis dos hormônios femininos no organismo. Na gravidez, no geral aumenta.
 
Serão sinais de corrimento:
 
O aumento do volume do conteúdo vaginal
Quando umedecer as vestes íntimas todos os dias, às vezes passando para as roupas externas
Quando variar a cor de branco opalescente e cristalino (de acordo com a fase do ciclo) para amarelo tipo pus, amarelo-acinzentado, amarelo-esverdeado, branco-amarelado etc
Quando o odor se tornar fétido principalmente após relação sexual e no final do ciclo menstrual.
 
Os sintomas são principalmente:
 
Coceira vulvovaginal
Ardor
Dor pélvica
Dor e ardor ao urinar
Dor durante a relação sexual.
 
Causas
 
Na maioria das vezes o corrimento é provocado por alterações do equilíbrio da flora vaginal. Algumas bactérias são próprias da vagina e fazem a defesa contra infecções. Estas são algumas condições que predispõem a este desequilíbrio:
 
Hábitos de higiene desfavoráveis
Relações sexuais sem uso de preservativo
Alérgenos (perfumes, geleias contraceptivas, tecidos, sabão , duchas vaginais, banho de espuma, etc)
Agentes infecciosos, como vaginose bacteriana, candidíase, tricomoníase,clamídia, gonorreia e HPV
Problemas dermatológicos, como dermatite atópica, psoríase, etc
Alteração do PH vaginal: o ph ácido da vagina normal fica entre 3,5 e 4,5. Esses níveis constituem uma barreira de defesa contra germes
Condições que alteram o PH e ou a flora bacteriana, como diabetes, queda imunológica por estresse ou doença, uso de antibioticoterapia, duchas vaginais, gestação, ciclo menstrual etc
Causas inespecíficas, como ausência de bacilos de Doderlein, bactéria que faz uma barreira de defesa do aparelho genital
Atrofia vaginal, que é o afinamento e ressecamento das paredes vaginais durante menopausa
Infecção pélvica após cirurgia.
 
Fatores de risco
 
Uso de antibióticos prolongado
Sexo sem proteção
Uso de pílulas anticoncepcionais
Diabetes não controlada
Menopausa
Sistema imunológico comprometido.
 
Diagnóstico de Corrimento vaginal
 
O diagnóstico dependerá da análise do corrimento vaginal e informações coletadas na consulta médica. Poderá ser feito, com base em seu histórico, análise visual do conteúdo, aspecto da vulva e vagina. O médico poderá ainda, colher uma amostra do corrimento e enviar ao laboratório para uma análise mais específica de acordo com a suspeita clínica.
 
Tratamento de Corrimento vaginal
 
O tratamento dependerá da infecção que for constatada. No geral, as infecções são tratadas com medicamentos de aplicação local em forma de creme, gel ou comprimidos vaginais, podendo ser complementado com administração oral.
Em algumas infecções vaginais, principalmente doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), o parceiro ou parceira deverá ser examinado(a) e receber tratamento e se necessário.

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